segunda-feira, 26 de março de 2012

desabafo

mais um dia de aula...
porém em uma escola muito diferente, não é bom quando a gente fica totalmente sozinha em um lugar desconhecido '-'
foi mal, mas eu precisava desabafar com alguém, por isso, tenho um blog. :)
beijinhos e bom dia para todos!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O inicio da Bruxaria.

Muitos imaginam as bruxas como feiticeiras velhas e feias voando em cabos de vassouras ou atuando em ritos obscenos, integrantes de um culto maluco, basicamente preocupadas em amaldiçoar os seus inimigos através da perfuração de imagens de cera com alfinetes e carentes dos propósitos de uma verdadeira religião.
Mas a Feitiçaria é uma religião, talvez a mais antiga religião existente no Ocidente, nasceu há cerca de mais de 35 mil anos atrás.
A Feitiçaria retira seus ensinamentos da Natureza e inspira-se nos movimentos do sol, da lua e das estrelas, no vôo dos pássaros, no lento crescimento das árvores e nos ciclos das estações.
Acredita-se que o homem começou a honrar a sua terra-mãe que lhe provia o sustento, isto na época de um resfriamento na crosta terrestre. Há muitos anos, nos primórdios da humanidade, grupos de caçadores seguiam as renas lépidas e os imprevisíveis bisões. Eles estavam armados, somente, com as mais primitivas armas, mas alguns entre os clãs eram especialmente dotados, "convocavam" as manadas até armadilha, onde alguns animais deixavam-se capturar. Estes xamãs dotados entravam em harmonia com os espíritos dos rebanhos e, ao fazê-lo, percebiam o ritmo vibrante que inspira toda a vida, a dança da espiral dupla, o remoinho para dentro e para fora do ser. Eles não exprimiam essa intuição intelectualmente, mas por imagens: a Deusa Mãe, aquela que dava à luz, que trazia para a existência toda a vida, e o Deus Galhudo, caça e caçador. Os xamãs vestiam-se com as peles e chifres em identificação com o Deus e suas manadas; as sacerdotisas atuavam nuas, incorporando a fertilidade da Deusa.
A vida e a morte eram um fluxo contínuo; os mortos eram enterrados como se estivessem adormecidos em um útero, cercados por suas ferramentas e ornamentos a fim de que pudessem despertar para uma nova vida. Nas cavernas dos Alpes, crânios de grandes ursos eram fixados em nichos, onde liam os oráculos para guiar os clãs na caça. No Ocidente, nos templos das grandes grutas do sul da França e da Espanha, os seus ritos eram realizados dentro dos úteros secretos da terra, onde as grandes forças antagônicas eram pintadas sob forma de bisões e cavalos, superpostos, emergindo das paredes da caverna como espíritos em um sonho. Em lagoas nas planícies, renas - suas barrigas cheias de pedras que encarnavam os espíritos dos cervos - eram imensas nas águas do útero da Mãe a fim de que as vítimas da caçada renascessem.
A dança espiral também era vista do céu: na lua, que mensalmente morre e renasce; no sol, cuja luz traz o calor do verão e, quando esta se vai, o frio do inverno. Registros da passagem da lua eram marcados em ossos e a deusa era mostrada a segurar o chifre do bisão, que também é a lua crescente.
Quando a terra começou a se aquecer novamente, alguns grupos se deslocaram para outras regiões, enquanto outros fixaram-se. Aqueles que possuíam poder interior aprenderam que estes aumentavam quando as pessoas trabalhavam juntas. À medida que os povoados isolados transformaram-se em vilas, xamãs e sacerdotisas uniram suas forças e compartilharam os seus conhecimentos. Os primeiros covens foram organizados. Profundamente sintonizados com a vida animal e vegetal, domesticaram a região onde anteriormente haviam praticado a caça, criaram carneiros, cabras, gado e porcos, a partir de seus primos selvagens. As sementes não eram somente coletadas; elas eram plantadas, para crescerem no local do assentamento. O Caçador tornou-se o Senhor dos Grãos, sacrificados quando da colheita no Outono, enterrados no útero da Deusa para renascer na primavera. A Senhora das Coisas Selvagens tornou-se a Mãe da Cevada e os ciclos da lua e do Sol determinavam as épocas para semear e colher e soltar os animais no pasto.
Descobriu-se que certas pedras aumentavam o fluxo de energia. Eram colocadas em pontos adequados em grandes fileiras e círculos que marcavam os ciclos do tempo. O ano tornou-se uma grande rosa dividida em oito partes: os solstícios e equinócios e, nos quadrantes entre estes, os dias onde grandes festas aconteciam e fogueiras eram acesas. A cada ritual, a cada raio de sol e da lua que atingiam as pedras nos períodos de energia, a força aumentava. Elas se tornaram grandes reservatórios de energia sutil, portais entre os mundos do visível e invisível. No interior dos círculos, ao lado dos menires e dólmenes e galerias escavadas, as sacerdotisas penetravam nos segredos do tempo e na estrutura oculta do cosmo.
Síntese:
STARHAWK, A Dança Cósmica das Feiticeiras. Tradução de Ann Mary Figueira Perpétuo, Editora Nova Era.
Tempos Ardentes ou "Burning Times"
Época das perseguições religiosas. Na idade média, o cristianismo, religião anteriormente quase desconhecida, atinge seu maior número de adeptos. A força da Igreja tornou-se soberana em quase toda Europa. No intuíto de tornar a religião cristã um religião universal e ampliar o poder da Igreja por interesses puramente econômicos, começaram as perseguições aos adeptos da antiga religião, culminando com tortura e morte de muitos inocentes. A sociedade começou a se fundamentar em um alicerce cristão, porém deturpado por interesses diversos, sendo criada a carta "Maleolus Malleficarum" (martelo das bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma pessoa como "bruxo", e quem fosse considerado tal, seria condenado. O simples ato de se despir para se banhar em um lago isolado, um simples olhar de um rapaz "flertando" com uma moça ou de usar ervas (infusões, chás) para o tratamento de enfermidades, eram suficientes para acusar uma pessoa de bruxaria...
Esta era foi conhecida como tempos ardentes, onde os acusados (sempre confessos mediante tortura) eram freqüentemente queimados vivos nas fogueiras. Isto serviu de exemplo para os que ainda não eram convertidos ao cristianismo.

Os cultos à Deusa e ao Deus eram realizados em locais afastados das cidades, em subterrâneos ou em locais de encontro que se alternavam no intento de não despertar a atenção dos caçadores de bruxas.
Muitos anos após, alguns grupos praticantes da Antiga Religião com prestígio dentro da sociedade despertaram sua conciência com as perseguições e começaram a tomar certas atitudes, influenciando altos juizes em várias porções da Europa. São vários os fatos que contribuiram para o fim das perseguições.
Histórico
• Início do Século 9: Difundiu-se uma crença popular que feiticeiros e bruxos malígnos exisiam. Eram vistos como pessoas demoníacas, principalmente as mulheres, que dedicam suas vidas a prejudicar e matar pessoas através de feitiçaria e pactos demoníacos. A Igreja Católica da época oficialmente afirmava que tais bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram reais. "Por exemplo, no século 5o., o Conselho eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um Cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demonio; a lei dizia que pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu.' Um capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes esteriótipos da crença pagã: 'Se alguém, devoto do Demônio, seguindo as crenças Pagãs, qualquer homem ou mulher considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana, deverá ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo assim receber a pena capital."
• 906: Regino de Prum, O ábade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi". Ele reforçava a crença da Igreja de que os bruxos não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres desonestas e confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana. Embora isto não acontecesse na realidade; Isto era visto como uma forma de alucinação.
• 975: Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se severas. O contricionário Inglês de Egbert preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria , encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá se abster de comida por vinte meses.... se matar alguém com seus filtros, ela se absterá por sete anos.". A Abstenção consistia apenas de pão e água.
• 1140: Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei canônica.
• 1203: O movimento Cathar, um grupo de Cristãos Gnósticos, tornou-se popular na região de Orleans, França e na Itália. Eles foram declarados Hereges pela Igreja. O papa Inocencio III aprovou uma guerra genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem noticia foi queimado na estaca em 1321.
• 1227: O Papa Gregorio IX propôs a Corte de Inquisição para prender, confessar e executar hereges.
• 1252: O Papa Inocencio III autorizou o uso da torura durante o processo de inquisição.
• 1258: O Papa Alexandre IV restringiu a inquisição a manter suas investigações à casos de heresia. Não investigaram crença em feitiçaria a menos que hereges estivessem envolvidos.
• 1265: O Papa Clemente IV reafirma o uso da tortura.
• 1326: A Igreja autoriza a inquisição para investigar casos de bruxaria. Sua maior contribuição foi o desenvolvimento da "demonologia," a teoria da origem diabólica da bruxaria e estudo dos demônios.
• 1330: Aumentou a crença popular que bruxos e feiticeiros malignos são aliados de Satã, tinham relações sexuais com o demônio, raptavam e comiam crianças, etc.
• 1347 a 1349: A epidemia de peste negra dizimou uma porçao considerável da população Européia.
• 1430: Teólogos Cristãos começaram a escrever livros que "provavam" a existência dos bruxos.
• 1450: A primeira Grande caçada aos bruxos iniciou na Europa. A Igreja Criou uma imaginária religião do Demônio, utilizando esteriótipos que circulavam desde as eras pré-cristãs. Eles afirmavam que os pagãos que cultuavam Diana e outros Deuses e Deusas eram bruxos maus que raptavam bebês, matavam e comiam suas vítimas, vendiam suas almas à satã, faziam pacto com o demônio, voavam pelo ar, realizavam encontros secretos à noite, causavam impotência e infertilidade às pessoas, etc. Historiadores afirmavam que estes genocídios reliogicamente incitados foram motivados pelo desejo da Igreja em obter maior número de adeptos (monopólio exclusivo), ou ainda como "uma ferramenta de repressão, uma forma de guiar a massa para outras divindades superiores, um joguete contra mulheres (eram desprezadas), ou um modo para pessoas comuns de surrupiar colheitas pagãs, gado ou justificar morte de bebês e crianças." Walter Stephens, um professor da Johns Hopkins University, propõem uma nova teoria: "Acho que os bruxos eram "bodes espiatórios" de Deus." E ainda, o modo de explicar o mal no mundo era atribuir a causa a bruxos e demônios.
• 1450: Johann Gutenberg inventou a imprensa, facilitando a propagação das leis da Igreja e aumentando a insatisfação popular à imagem dos bruxos; isto facilitou em muito a caçada às bruxas.
• 1474: O Papa Inocencio VIII publicou um bula papal condenando bruxos.
• 1480: Thomas de Brabant escreve o livro "Formicarius", que descreve a prossecução de um homem por bruxaria. Cópias deste livro foram anexadas ao Malleus Maleficarum anos mais tarde.
• 1486-1487: Inqusidores (Heinrich Kraemer) e Jacob Sprenger publicam o Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas). Este é um fascinante estudo destes autores que odiavam mulheres. Ele descreve as práticas e condutas típicas para os bruxos, e métodos para obter confissão, sendo posteriormente abandonado pela Igreja. Entretanto este tornou-se a "biblia" destas cortes seculares que condenavam bruxos.
• 1500: Durante o 14th século, constatou-se 38 acusações contra bruxos e feiticeiros na Inglaterra, 95 na França e 80 na Alemanha. A caça aos bruxos foi acelerada. "Pela escolha de conceder suas almas à práticas demoníacas teriam cometido crimes contra o homem e contra Deus. a gravidade deste duplo crime denominado a bruxaria como um crime excepcional, permitindo a suspensão de seus direitos de modo a punir por sua culpa." Testemunhos de crianças foram aceitos. A tortura largamente foi utilizada com a finalidade obter confissões. A falta de consistência nas confissões também foi aceita como prova de culpa.
• 1517: Martin Luther fixou suas 95 teorias na porta da Catedral de Wittenburg, Alemanha. Isto instigou a reforma Protestante. Nos Países Católicos, as cortes continuavam a queimar bruxos. Em Protestantes, eles eram enforcados. Alguns países protestantes não admitiam a tortura.
• 1550 a 1650: Perseguições alcançaram seu pico nesta década. Estes foram chamados de "TEMPOS ARDENTES." Foram muito concentrados no leste França, Alemanha e Suiça. As perseguições ocorreram com maior frequência em locais onde haviam conflitos entre Católicos and Protestantes. Ao contrário da opinião pública, os bruxos suspeitos foram perseguidos pelas cortes -- especialmente àqueles envolvidos feitiçaria malígna. somente uma minoria respondia às autoridades da Igreja.
• 1563: Johann Weyer (b. 1515) publica um livro que agride as crenças pagãs. Chamado de "De Praestigiis Daemonum" (Queda das almas), preconizava a não existência dos bruxos, mas que Satan forçava que eles o seguissem. Ele rejeitava as confissões obtidas sobre tortura e violência. Ele recomendava tratamento médico ao invés de Tortura e execução .
• 1580: Jean Bodin escreve "De la Demonomanie des Sorciers". Ele afirmava que era necessário punir os bruxos. Nenhum bruxo acusado deveria ser liberto se tivesse evidencia que ela seria culpada. Se o inquisidor esperasse por evidências concretas, nenhum bruxo seria preso, acreditavam eles.
• 1584: Reginald Scot publicou um livro que estava à frente de seu tempo. In Discoverie of Witchcraft, ele afirmava que os poderes sobrenaturais não existiam. E mais: que as bruxas não existiam.
• 1608: Francesco Maria Guazzo publica o "Compendium Maleficarum." Este discute pactos entre bruxos e satã, a magia que os pagão utilizam para prejudicar pessoas, etc.
• 1609: Pânico contra bruxos na região Basca, Espanha. La Suprema, o corpo governamental da Inquisição espanhola, reconheceu o acontecido e publicou o Edital de Silência que proíbia a discussão sobre bruxaria. O pânico da população desapareceu.
• 1610: Cessa a perseguição aos bruxos na Holanda, provavelmente devido ao livro de Weyer, 1563.
• 1616: Uma segunda perseguição às bruxas foi em Vizcaya. Novamente um Edital de Silêncio foi publicado pelo Tribunal de Inquisição. Entretanto o rei aboliu o edital e 300 bruxos confessos foram queimados vivos.
• 1631: Friedrich Spee von Langenfield, um sacerdote jesuíta, escreve "Cautio criminalis". Ele condena as caçadas à bruxos e perseguições em Wurzburg, Alemanha. Ele diz que o prisioneiro é confesso somente devido à torturas e não define a realidade.
• 1684: Foi executado na Inglaterra o último acusado de bruxaria.
• 1690's: Cerca de 25 pessoas morreram durante à louca caçada aos bruxos em Salem, MA: um deles foi pisoteado devido a ele não entrar em processo de confissão; alguns morreram nas prisões, o restante foi enforcado. Não houveram novas perseguições na nova Inglaterra
• 1745: França cessa a execução de Bruxos.
• 1775: Alemanha cessa a execução de Bruxos.
• 1782: Suiça cessa a execução de Bruxos.
• 1792: A Polônia cessa a execução de Bruxos; O último país da Europa que a realizava.
• 1830: A Igreja finda a perseguição aos bruxos na America do Sul.